segunda-feira, 14 de abril de 2014

Vergonha

Oi gente. Estou com vergonha de aparecer aqui,pois eu havia prometido um conto por dia...Mas só que não estou conseguindo cumprir...
Porém,hoje tentarei escrever um conto novo pro blog.

quinta-feira, 20 de março de 2014

Vampiro 4 : O Rockstar

Rock e vampiros

Eu e Vans estávamos numa fila enorme dum festival de música.
Enquanto isso, o sol estava se pondo no horizonte manchando o céu de laranja. Olhei bem para o Vans que estava bem na minha frente. Ri. Ri novamente. O Vans que tinha a minha frente não parecia nadinha com o Vans caçador de vampiros. Ele estava muito diferente.
O caçador de vampiros usava uma camiseta regata branca com aquela boca enorme do Rolling Stones, deixando a mostra os seus músculos rígidos. Vans tinha uma cabeleira negra enorme que tocava seus ombros.
Percebendo, que eu o encarava, ele virou-se e sorriu pela primeira vez. E algo muito engraçado acontecera: pela primeira vez, eu notara como os lábios, nariz e sobrancelhas dele formavam um conjunto harmônico e perfeito, qual se encaixava em seu rosto forte e quadrado.
-- Que foi?—perguntou ele erguendo a sobrancelha da esquerda.
--Nada... —respondi parecendo ter acabado de acordar de um coma. —Por que viemos a esse festival mesmo?—questionei tentando mudar de direção a atenção de Vans.
Ele me encarou por uns segundos como se estivesse tentando decifrar o motivo pelo qual o estava encarando.
Encarei de volta desafiadoramente.
--Temos um trabalho a fazer aqui... —respondeu desviando olhar.
Porém, antes que pudesse perguntar o que iríamos exterminar o portão que dava para área onde ocorreriam os shows, se abrira.

***

--Ei, quer ficar comigo?—perguntou um idiota de cabelo espetado segurando no meu braço.
No mesmo instante, deferi um chute na canela dele. Quem aquele babaca pensava que era para se aproximar de mim daquele jeito ou de qualquer outra garota?
Ao som de gargalhadas estrondosas de seus amigos, vi o garoto-babaca contorcer-se de dor até ele deitar-se no chão.
Ainda pude ouvi-lo, me xingar de “vagabunda” e “vadia”,enquanto grunhia de dor. A sorte dele foi que o chute que eu dera não fora para quebrar o osso da perna, pois se eu quisesse, facilmente o teria feito.
Procurei por Vans, no meio do tumulto de fofoqueiros que se formara ao redor, no entanto, não o consegui encontrar.
Onde ele teria ido?
***

Fora encontrá-lo, numa fila atrás dum dos vários palcos que ali tinha no festival.
--Que bom que você me encontrou!—exclamou Vans com um sorriso sarcástico de lagarto no rosto.
O que estava acontecendo com ele?
Normalmente, ele não agia daquela forma.
--Onde você estava?
--Aqui. —respondeu ele.
--Eu sei. Dãr!
--Então por que você perguntou se já sabia a resposta?—disse ele rispidamente.
Me aproximei dele e comecei a encará-lo.
--O que está acontecendo?
--Acontecendo o que?
--Você sabe muito bem do que estou falando Vans. Não se faça de idiota.
Vans apenas rira. Um riso que me pareceu forçado e insignificante.
Foi então que comecei a gritar:
--TÁ, QUAL É A SUA?O QUE ESTAMOS FAZENDO AQUI ? SEI QUE VIA A FESTIVAIS À ESMO COMO ESSE DAQUI NÃO COMBINA NADINHA COM VOCÊ! EM QUEM VAMOS ENFIAR A ESTACA HOJE?
Imediatamente, Vans me puxara pelo braço e me levando a um canto afastado da fila. Olhei para trás para ver se alguém tinha ouvido, mas as pessoas estavam tão centradas em conversarem umas com as outras sobre os shows, que nem me notaram.
-- Por que a gritaria?Você quer que nos descubram?—sussurrou.
Ele estava sério.
Ah, então era isso. Estava certa! Existia um plano por trás da nossa vinda aquele festival.
-- Quer saber? Pra mim tanto faz! Pelo menos se nos pegarem, ficarei sabendo do que nós viemos atrás— retruquei provocativa.
--O.k. Irei contar, mas peço para você ir ao banheiro se recompor. Não podemos correr o risco de suspeitarem da gente.
Olhei bem nos olhos dele para ver se o que ele acabara de falar era verdade.
Sim, era. Seus olhos castanhos, francos não mentiam.
***

--Amiga o que é isso no seu pescoço?—perguntou uma mulher ruiva de cabelos curtos.
--O que?—respondera a outra.
--Esses dois furos no seu pescoço, ó: - disse a ruiva puxando a amiga para frente do espelho. Esta retirou o lenço roxo que encobria o seu pescoço.
--Nossa, miga não sei o que é não... Será que foi algum bicho que me mordeu quando estava dormindo e nem me dei conta?— questionou a que estava com lenço.
--Duvido viu. Os furos são muito grandes para ter sido um mosquito.
--Não ligo. O importante é que consegui o número daquele vocalista daquela banda... Como é o nome mesmo?
--Necrópole?—lembrara a amiga de cabelos afogueados.
--Isso!
--Então miga me conta como ele é... Ele beija bem?—perguntou a outra laçando seu braço no da miga, dirigindo-se para fora do banheiro.
Sorri.
Então era isso.
                                            ***      

--Quem a próxima Julian?—perguntou um cara de calça rasgada sentado num sofá preto.
--Não sei David, mande entrar.
No camarim, entramos eu e Vans.
--Desculpe, mas a moça primeiro — anunciou David logo indicado a porta pra Vans.
Trocamos um breve olhar. E depois ele se foi.
--Como é seu nome?—perguntou Julian me observando de cima a baixo.
--Simone— respondi sorrindo, sentando-me ao seu lado.

***
Os olhos. Só fitava os olhos. Nada importava. Apenas aquele olhar.
--Então Simone, de qual música você mais gosta da banda?
--Eu gosto daquela “A volta do senhor das trevas”—respondi automaticamente.
-- Eu também.
--Posso pedir uma coisa?—pedi. Na verdade, implorava. Necessitava daquilo. Era algo muito mais forte do que eu podia controlar. Era como uma represa prestes a se romper.
--Pode.
--Me beija?
Ele sorriu e foi se aproximando até que seus lábios tocaram os meus.
Foi como beijar um cadáver.
Ou bloco de gelo.
--Que foi?Não gostou?
--Gostei.
--Então, por que você está com essa cara?
--É que... —disse agachando a cabeça acanhada.
--É o que? Vamos, responda—disse ele autoritário erguendo o meu queixo e me fitando. Estava me perscrutando, vasculhando.
--É que não estou sentindo o seu coração bater...
E antes que ele pudesse falar alguma coisa saquei a estaca escondida na manga da minha blusa e a finquei em seu peito.
Segundos depois Vans entra no camarim ofegante:
--Dei conta dos outros dois. Porém temos de sair daqui o quanto antes. Ligaram pra policia, alguém me viu acabando com os outros integrantes da banda.
--Ok.Vamos,logo então.
Saímos do camarim e nos deparamos com o dia raiando. E sem que Vans percebesse, dou uma olhada no pingente que ficara em cima das cinzas de Julian.

O que seria aquilo?

sábado, 1 de junho de 2013

Para quem lê o blog:

Em breve, estarei de volta... O autor desse blog passa por uma crise criativa, que logo passa....Logo... passa...

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Vampiro 3: O Palhaço

13 vampiros

O ano era199...

O dia ia se derretendo por detrás daquela grande lona de circo que parecia uma espécie de ovini estacionado no terreno baldio.
Virei-me para Vans e perguntei:
--Você tem certeza que é aqui?
--Por quê?—disse estacionando o carro a poucos metros de distância da entrada do circo.
--Ah, sei lá... Ele parece tão normal...
--Mas as aparências enganam. — afirmou procurando alguma coisa no bolso interno de seu paletó roxo escuro — Veja essa foto e me diga se ele parece ser tão inocente... —disse me estendendo uma fotografia.
Nela um palhaço de cabelos vermelhos, maquilagem forte no rosto e com um sorriso maquiavélico que faria com que qualquer criancinha se afugentasse ,posava com ares de palhaço assassino.
  --É... Devo estar enganada mesmo...
  --Então como vai funcionar?
Ele sorriu para mim. Virou-se e buscou no banco de trás do carro uma sacola.
--Você terá de atuar!
--O que?
--Depois eu explico apenas veja o que tem aí dentro. —disse jogando a sacola em meu colo.

***

Não acreditava naquilo!
Eu Simone Ayer, vestida de criança!Vê se pode!
O plano era o seguinte: ele ficaria do lado de fora me esperando com o carro próximo, enquanto eu acabava com o Vampiro/Palhaço. Se algo desse errado bastava um grito e ele viria correndo em meu socorro.
Caminhava pelo terreno me sentindo uma daquelas cosdplayers da Sailormoons.
Fui para trás do circo em busca de trailers, aliás, em busca do trailer dele, do Palhaço. Havia muitos trailers espalhados, mas alguns chamavam mais atenção pelo nome que traziam na lataria do veículo como esses: Paçoca e Piolho, Madame Barbada,Homem Palito e Joça e o pequeno anão.
Andei por entre essas casas locomotivas, até que me deparo com o trailer dele. Enferrujado e com o desenho de seu rosto horripilante estampado.
Bato na porta de ferro que tinha uma janela em formato de circulo. Depois de dar três toques na porta, o rosto dele aparece na janela redonda.
Quando vi aquele rosto de palhaço todo maquiado de preto, levei um susto imenso. Se não fosse pela condição do plano eu teria dado um grito.
Abriu a porta e disse com sua voz fanha:
--O que você quer?
--O senhor poderia me dar um autografo?—perguntei com a voz mais fina e infantilizada que pude, estendendo a ele um caderno de espiral e uma caneta bica, qual pegara com um sorriso.
--Você não quer entrar?—perguntou ele, me olhando de cima abaixo.
Sorrio.
--Sim, quero...
O palhaço escancara a porta num sinal de convite. Subo. E assim que entro, ele fecha a porta.
--Você bebe alguma coisa?
--Não, não bebo... —respondi me assentando no banco a frente duma pequena mesa quadrada de madeira.
Olhei para janela lá fora.
A noite havia caído depressa...
--Então, por onde começamos?—perguntou-me o palhaço.
--Posso te fazer uma pergunta?
--Faça—respondeu se assentando a minha frente.
--Você nunca tira essa roupa de palhaço, não?
--Não, gosto de usá-la...
--Até a maquilagem?—perguntei sabendo que o motivo de ele usar aquela maquiagem é que era ao mesmo tempo tanto para sua proteção já que ela lhe devia proteger contra o sol, quanto para seu disfarce, pois ela encobria a pele branca esverdeada.
--Até a maquiagem... Mas para quê tantas perguntas mocinha?
--É porque uma amiga minha veio aqui e nunca mais apareceu...
--Sério?—falou com as sobrancelhas erguidas.—Pois não sei de garota alguma...Como era o nome dela?
--Estaca...
--Oi?—perguntou ele parecendo não ouvir.
--ESTACA!—digo avançado nele e acertando a estaca em seu peito.
Em seguida, como de praxe, desfez-se em pó.
Abri a porta do vampiro/palhaço e saí em direção da noite. Já fora dos confins do circo e dentro do carro, Vans me pergunta:
--E aí como foi?
--Ah, até que foi fácil... —disse pensativa. —Ele fez mesmo aquelas atrocidades?
--Sim. —disse ele dando partida no carro. —Ele pegava  adolescentes, as atraia para dentro do trailer e as matava tomando todo o seu sangue... Ele era um dos vampiros mais procurados pelos caçadores, mas como ele trabalhava no circo e de mês em mês, mudava de lugar, era quase impossível que o localizassem.
--E o que ele fazia com os corpos?
Vans suspirou e falou :
--Esquartejava, os punha dentro de bolsas e enterrava debaixo do trailer...
Pude sentir lágrimas mornas e cristalinas deslizarem por meu rosto enquanto atravessamos a noite úmida.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Vampiro 2: A Pequena

13vampiros.blogspot.com

Quando vi aquela foto que Vans me mostrou, fiquei boquiaberta, não conseguindo acreditar no que via.
Ah, Vans é aquele cara pirado que me avisou no meio da rua para eu não abrir a porta para estranho, se lembram?Então, depois daquele incidente com o meu primeiro vampiro, ele se tornara meu tutor, mas isso depois eu conto...
Como disse, eu havia ficado boquiaberta. A pessoa que estampava aquela fotografia era uma menininha linda, aparentando não ter mais do que dez anos. Era loira cabelos cacheados e pele branca como porcelana.
Eu me virei pra ele e perguntei:
--Tem certeza?
--Tenho. Você não deve se enganar com as aparências, minha cara... Nesse mundo em que vivemos tudo pode enganar.
Respirei, pois no fundo ainda não conseguia acreditar. Uma criança como aquela, uma vampira sendo também, a mais perigosa?
Não conseguia acreditar...

                                            ***
Vans tinha passado as coordenadas de onde eu encontraria a pequena vampira e a sua horda. Ficava numa fábrica desativada, ao lado dum cassino clandestino que segundo Vans, pertencia a ela, a vampira.
Trazia comigo o equipamento necessário para exterminar qualquer vampiro. Orbes de luz ultravioleta, meia dúzia de estacas e meu corpo. Sim, meu corpo. Se você não estiver em plena forma física você é morta num piscar de olhos.
 Tinha vários seguranças rondando o lugar. Tinha de encontrar uma forma de distraí-los.
Mas como?
Foi então que uma ideia lampejou em meu cérebro...

***
--Olá, você pode me ajudar?—disse levantando um pouco a saia rosa, deixando a mostra minha coxa branca e pálida.
--Posso... —respondeu um dos guardas com olhos que faltavam saltar da cara como num daqueles desenhos animados com coiotes.
--É que meu carro quebrou num beco escuro logo ali... —disse apontando na direção imaginada. —E você é forte, pensei que você pudesse me ajudar...
Nessa parte fiquei olhando para o ombro musculoso dele. Realmente ele era muito forte. Se algo desse errado, estaria frita.
--Mas é claro que posso ajudar—respondeu com malicia. O sorriso dele ia de orelha a orelha.
Eu peguei na mão dele e o levei no beco onde estava meu suposto carro. Era noite e como em outras partes de São Paulo, o poste de luz ali, estava quebrado.
--Então?Cadê o carro?—pergunta ele.
--Ih, acho que roubaram ele!!—digo com a voz meio infantilizada.
Ele sorriu. Fui à direção dele encostando-o na parede. Insinuei que ia dar um beijo nele, mas não fiz.
Queria deixá-lo excitado apenas...
Dou dois beijos na nuca dele e vou me agachando...
E sem que ele percebesse o que tivesse lhe matado, saco a estaca atrás de minhas costas e a enfio em seu peito com toda força que consegui.
Ri pra ele e antes que se desmanchasse em cinzas pude ouvi-lo dizer:
--Vaca!
Agora faltava mais um. Pego da minha sacola de equipamentos jogada a um canto nas sombras.

***
--Oi!O senhor deseja comprar algum cosmético da Joqueti?
 --Não.
--Aproveita que está na promoção!!
--Já disse que não quero!
--O. K. Então aceita esse brinde?
--O quê...?
Antes que ele conseguisse notar, a estaca furava seu peito fazendo-o, como o outro, desmanchar em cinzas.
O pior de tudo era o cheiro que eles deixavam, no ar. Um cheiro de ovo podre ou o famoso cheiro de enxofre.
Bem agora faltava a pequena vampira...
Tiro a foto da menina do bolso e entro no galpão...

***
--Olá, Simone, como vai?—disse uma voz infantil  cortando a escuridão.
A fábrica estava mergulhada nas trevas. Não conseguia ver nada. Era como se tivesse ficado cega.
--Não, se preocupe, não vou te matar... Por enquanto — falou a voz infantil explodindo, em seguida, em risos.
--Por que você não se mostra?—digo buscando uma estaca na bolsa.
--Eu não sou imbecil!
--Como você sabe meu nome?
--Nós vampiros, temos nossos meios também.
Pude ouvir o som de seus sapatinhos no piso da fábrica ecoar.        
Já que eu não consegui, vê-la. Eu tinha de me concentrar nos meus outros sentidos.
Fecho os olhos.
Tento localizá-la através de minha audição. Procurava calcular a distancia em que estava através do som de seus passos.
Tec-tec, fazia seu salto cada vez mais próximo.
--Que foi?Decidiu se entregar?
Tec-tec,Tec-tec-tec, Tec-tec-tec-tec
Agora ela estava correndo.
Mais um pouco, só mais um pouquinho...
Tec-tec-tec-tec-tec-tec-tec-tec...
--Qual sua última palavra?—disse ela gritando.
--Vai pro inferno!!!—berrei acertando resposta a estaca em seu coraçãozinho. Senti quando ela segurou minha mão enquanto eu afundava mais e mais a estaca nela.
--Como?—interrogou surpresa.
--No mundo em que vivemos, querida, tudo pode enganar...